Ir para conteúdo

Pedro Vieira apresentou terceiro romance na Biblioteca Municipal da Lourinhã

Pedro Vieira apresentou terceiro romance na Biblioteca Municipal da Lourinhã

Um avô que nunca conheceu e para quem quis inventar um percurso de vida baseado em pontos-chave da História do século XX, foi o ponto de partida para o novo romance de Pedro Vieira, “Maré Alta”, que o autor apresentou ontem, 16 de maio, na Biblioteca Municipal da Lourinhã.
Este é o terceiro livro de Pedro Vieira, depois de “Última Paragem, Massamá” (2011) e “O Que Não Pode Ser Salvo (2015), para além do livro de crónicas “Éramos Felizes e Não Sabíamos” (2012), o que motivou o regresso do autor ao festival literário da Lourinhã no qual já tinha participado e de que recorda muito boas recordações.

Pedro Vieira contou que nunca conheceu o seu avô materno, cuja história era uma espécie de “tabu familiar”. Para, de certa forma, preencher essa lacuna na árvore genealógica da sua família, o escritor criou um avô fictício que teria andado a viajar pelo século XX.

Para conseguir abranger os episódios mais históricos, Pedro Vieira fez muita pesquisa e colocou o seu avô em momentos chave como a revolta da Marinha Grande, a 18 de janeiro de 1934, a Guerra Civil Espanhola e a II Guerra Mundial, entre outros, abrangendo um período entre 1917 e 1989. A revolta da Marinha Grande foi um dos momentos que mais o marcou nesta pesquisa, pela inusitada aliança entre anarquistas e comunistas, que redundou num grande fracasso.

Na obra, não há personagens famosas e mesmo nomes que fizeram parte da História são referidos por alto, como é o caso de Salazar que aparece descrito (não por acaso, como fez questão de salientar o autor) apenas como o doutor de Coimbra.